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sexta-feira, 27 de julho de 2007

Recordando o meu inicio do milénio...

A Ni andou arrumar umas gavetas em casa e encontrou uma serie de poemas que eu em tempos, fiz.

Iniciei o novo milénio com um poema num concurso da região, qualquer coisa alusivo a Sebastião da Gama. Como em tempos escrevi umas coisas no DN Jovem e no Setubalense, lá escrevi na brincadeira e fiquei muito contente quando soube que tinham sido as minhas palavras as premiadas. Foi uma boa recompensa... para o ego. Eram assim:

2001-01-01
"Bom dia"

Tudo quanto me ensinaram está agora fora de uso...
Visto as roupas do milénio passado,
Transportei os mesmos ideais, o mesmo cepticismo racional,
O mesmo rimel nas pestanas...
Num cetim verde que arrasta pelo chão.
Oiço os mesmos sons da natureza em breves sinfonias de Mozart,
Continuo a admirar o palácio de Bala e o de Alhambra
Como ideografo Edgar Poe e Areta Franklin.
Já de sultões e de vizires reza a história
Ao julgamento do kadi, com cheiro a madeira de cedro,
Nos tapetes persas e aromas de sedas no Cairo.

E continuo a achar que os filmes de Bogart estão na moda,
Continuo a cometer os mesmos erros gramaticais
E impressionada continuo a usar as mesmas tintas nas folhas secas.
E quase me sinto uma antiguidade tal Estátua da Liberdade ou Mosteiro dos Jerónimos...
Mas decerto vou continuar a tradição do sensualismo de Condillac
Neste devaneio de Teócrito.

E na mais obvia nódoa cai o pano... assim como a três pancadas de
Moliére, visto-me de safiras para apoiar este tango de Rodin.
E como antiguidade nem sempre é velharia, cá vai o sorriso para o
Novo Dia.

6 comentários:

Anônimo disse...

Já tinha reconhecido, que tinhas jeito para a escrita! Este poema é prova. Parabéns!!!!!!!!!!!!

Alda

Anônimo disse...

Não te deixes ir abaixo Isa. A tua amiga precisa é de não ter dores e paz no coração. Infelizmente nem todos os casos são de sucesso.
Gosto do teu poema, eu gosto bastante do teu diario e agora sou fâ tambem do jogo de imagens do teu poema. Adoro-te Isa, paz, muita paz.
Graça - Almada

Anônimo disse...

......
Isa querida, Bom dia!

É curiosa a maneira como afinal com devaneios sobre o passado... vais buscar a aventura do Allan Poe, a voz da Areta, para a ilusão (Kadi) ou julgamento(?) e acabas com o sensualismo do Condillac e o bucolismo a inocência do Teócrito.
Danças entre filósofos ou filsofias de AC como sec.XIX ou XX.

Resumo os milénios vão-se... mas vai dar tudo ao mesmo...
Vida e Vivêncis.....

A minha observação: O prémio foi bem atribuido.

E escolheres o John Lennon, que delicia que sensualismo....

laura beijinhos

Anônimo disse...

Ola isa, tenho um desafio para ti, no meu blog

http://isabelguerreiro.blogs.sapo.pt/278256.html

isabel

Anônimo disse...

Obrigada Alda, Graça e Laura pelos elogios...realmente vocês sabem animar uma pessoa.

Beijinhos. Isa.

Aida guimarães disse...

Isa

Muito bem, não sabia que tinhas tanto jeito para a poesia...

Já voltei, estou pronta para os nossos cafézinhos virtuais.

Fica bem e muitos beijinhos